Da casa de taipa à colação de grau: interlocuções entre o perfil do estudante concluinte de licenciatura em música, as sociabilidades e o capital cultural
Resumo
Este ensaio trata de refletir sobre o perfil do formando em Música na UERN a partir dos relatórios provenientes dos questionários dos estudantes que são preenchidos quando os alunos prestaram o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, ENADE. Utilizamos os dados socioeconômicos dos exames realizados em 2011, 2014 e 2017. Para interpretação desses dados, recorremos à literatura que versa sobre sociabilidade (SIMMEL, 1993; 2016), a articulação entre o capital cultural e a educação (BOURDIEU, 2004; 2005; 2015), e à literatura que foca nas diversidades que ocorrem na condição sociofamiliar de uma mesma classe social e que dialoga com o desenvolvimento escolar (LAHIRE, 1997). Como resultado, percebemos que há um avanço na expansão do ensino superior nas classes populares dado que, em sua grande maioria, o estudante de Música é proveniente de famílias com baixa renda e escolaridade. Estudar Música torna-se possibilidade de ascensão no sentido do nível escolar da família. O capital cultural familiar não é uma condição sine qua non para que os alunos cheguem ao final do curso. Nesse sentido, propomos que são acionados dispositivos familiares e das sociabilidades (LAHIRE, 1997) como mecanismo de superação das dificuldades econômicas e culturais/musicais que dão suporte para que os alunos cheguem ao final do curso. Os amigos músicos e os familiares são responsáveis pela indicação de empregos, que na Música acontece antes de entrarem na graduação ou durante o curso, além de apoio moral, afetivo, e no compartilhamento de conhecimentos musicais para a superação das dificuldades encontradas durante o curso.
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