O MODELO COGNITIVO DE BECK COMO FERRAMENTA DE IDENTIFICAÇÃO DE CRENÇAS RELACIONADAS À INIBIÇÃO CRIATIVA EM MÚSICA
Resumo
Neste artigo apresentamos o modelo cognitivo de Beck como uma ferramenta que poderá auxiliar o educador a identificar crenças consideradas inibidoras à ação criativa em música. Através da realização de uma pesquisa baseada na prática (practice-based research), coletou-se os depoimentos de um dos participantes voluntários com vistas a exemplificar os procedimentos adotados por essa abordagem no contexto da prática musical. Como resultado, o modelo se mostrou eficaz, uma vez que permitiu o rastreamento de pensamentos automáticos, crenças centrais e subjacentes consideradas disfuncionais à ação criativa, sendo estas associadas a princípios axiológicos capazes de inibir a livre manifestação musical.Downloads
Referências
ALBINO, César A. C. A importância do ensino da improvisação musical no desenvolvimento do intérprete. 2009. 207 f. Dissertação (Mestrado em Música) – Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2009.
ALENCAR, Eunice S.; FLEITH, Denise S. Criatividade: múltiplas perspectivas. 3. ed. Brasília: UNB Editora, 2003.
ALLSUP, Randall E.; BENEDICT, Cathy. The problems of band: an inquiry into the future of instrumental music education. Music Education Review, v. 16, n. 2, p. 156-173, 2008.
AMABILE, Theresa M.; HENNESSEY, Beth A.; GROSSMAN, Barbara S. Social Influences on Creativity: The Effects of Contracted-for Reward. Journal of Personality and Social Psychology, v. 50, n. 1, p. 14-23, 1986.
ARANHA, Maria L. A. Filosofia da educação. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1990.
ARIAS, José O. C.; YERA, Armando P. O que é a pedagogia construtivista? Revista Educação Pública, v. 5, n. 8, p. 11-22, 1996.
ASCH, Solomon. Opinions and Social Pressure. Scientific American, v. 193, n. 5, p. 31-35, 1955.
BECK, Aaron T. Cognitive Therapy and the Emotional Disorders. New York: Meridian Books, 1976.
BECK, Aaron T.; ALFORD, Brad A. O poder integrador da terapia cognitiva. Tradução Maria Monteiro. São Paulo: Artes Médicas, 2000.
BECK, Aaron T.; HAIGH, Emily A. P. Advances in Cognitive Theory and Therapy: the Genetic Cognitive Model. Annual Review of Clinical Phycology, n. 10, p. 1-24, 2014.
BECK, Judith S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 2. ed. Tradução Sandra Rosa. Porto Alegre: Artmed Editora, 2014.
BONFORTE, John. The Philosophy of Epictetus. New York: Philosophical Library, 1955.
BURNARD, Pamela. Musical creativities in practice. Oxford: Oxford University Press, 2012a.
______. Rethinking “Musical creativity” and the notion of multiple creativities in music. In: ODENA, Oscar (Ed.). Musical creativity: insights from music education research. United Kingdom: Ashgate, 2012b. p. 5-28.
CAMINHA, Renato M.; VASCONCELLOS, Jorge L. C. Os processos representacionais nas práticas das TCCs. In: CAMINHA, Renato M.; WAINER, Ricardo; OLIVEIRA, Margareth; PICCOLOTO, Neri M. (Eds.). Psicoterapias cognitivo-comportamentais: teoria e prática. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 23-28.
CANDY, Linda. Practice Based Research: a guide. Creativity and Cognition Studios. Report 1, 2006.
CSIKSZENTMIHALYI, Myhali. Flow and Psychology of Discovery and Invention. New York: Harper Perennial, 1996.
FESTINGER, Leon. The Theory of Social Comparison Processes. Human Relations, v. 7, n. 2, p. 117-140, 1954.
GLASER, Scheilla Regina. Instrumentista & professor: contribuições para uma reflexão acerca da pedagogia do piano e da formação do músico-professor. 2005. 216 f. Dissertação (Mestrado em Música) – Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2005.
_____. Criatividade na aula de piano: múltiplas facetas. Revista A, São Paulo, Unesp, v. 1, mar. 2007.
HILL, Juniper. Rebellious pedagogy, ideological transformation, and creative freedom in Finnish contemporary folk music. Ethnomusicology, v. 53, n. 1, 2009.
______. Becoming creative: insights from musicians in a diverse world. New York: Oxford University Press, 2018.
HOUAISS, Antônio (Ed.). Novo dicionário Houaiss da língua portuguesa. Versão monousuário 3.0. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. CD-ROOM.
LEAHY, Robert L. Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta. Tradução Maria Veronese e Luzia Araújo. São Paulo: Artmed, 2008.
MASLOW, Abraham H. Toward a Psychology of being. New York: Van Nostrand, 1968.
PEREIRA, Melanie; RANGÉ, Bernard P. Terapia Cognitiva. In: RANGÉ, Bernard (Ed.). Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. 2. ed. São Paulo: Artmed, 2011.
ROGERS, Carl Significant Learning in Therapy and in Education. Educational Leardership, v. 16, p. 232-242, 1959.
______. Toward a Theory of Creativity. In: ANDERSON, Harold H. (Ed.). Creativity and its Cultivation. New York: Harper & Row, 1969. p. 69-82.
ROGERS, Carl; KINGET Marian. Psicoterapia & relações humanas. 2. ed. Tradução Maria Bizzotto. Belo Horizonte: Interlivros, 1977.
SANTOS, Camila E. M.; MEDEIROS, Francisco A. A relevância da técnica de questionamento socrático na prática cognitivo-comportamental.
Arch Health Invest, v. 6, n. 5, p. 204-208, 2017.
SIMONTON, Dean K. Creativity: Cognitive, Personal, Developmental, and Social Aspects. American Psychologist, v. 55, n. 1, p. 151-158, 2000.
SKAINS, Lyle. Creative practice as research: discourse on methodology. Media Practice and Education, v. 19, n. 1, p. 82-97, 2018.
STERNBERG, Robert J. The Nature of Creativity. Creativity Research Journal, v. 18, n. 1, p. 87-98, 2006.
WINNICOTT, Donald W. Leaving Creatively. In: WINNICOTT, Clare; SHEPHERD, Ray; DAVIS, Madeleine (Eds.). Home is where we start from: essays by a psychoanalyst. New York: Norton, 1990. p. 39-54.
YOUNG; Jeffrey E.; KLOSKO, Janet S.; WEISHAAR, Marjorie E. Terapia do Esquema: guia de técnicas cognitivo-comportamentais Inovadoras. Tradução Roberto Costa. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os(As) autores(as) que tiver(em) seu texto manuscrito aprovado deverá(ão) enviar à Editoria da REVISTA uma Carta de Cessão (modelo enviado no ato do aceite), cedendo os direitos autorais para publicação, em regime de exclusividade e originalidade do texto, pelo período de 2 (dois) anos, contados a partir da data de publicação da REVISTA.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaramos que os artigos presentes na REVISTA DA ABEM são originais e não foram submetidos à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaramos, ainda, que, após um artigo ser publicado pela REVISTA DA ABEM, ele não poderá ser submetido a outra forma de publicação, no prazo de dois anos. Passado esse período, a REVISTA DA ABEM cede direitos aos(às) autores(as) para publicarem o texto em livros ou outro periódico, desde que haja autorização do Conselho Editorial.
Também temos ciência que a submissão dos originais à REVISTA DA ABEM implica transferência dos direitos autorais da publicação digital e, a não observância desse compromisso submeterá o(a) infrator(a) a sanções e penas previstas na Lei de Proteção dos Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).